sexta-feira, 1 de junho de 2012

Surf movies

Alohaa!


Hoje eu não vou contar historinhas não hehehe!


Esse meu post vai pra quem tá afim de assistir alguns filmes de surfe legais. Todos os ótimos surfistas que conheci até hoje sempre me disseram: pra evoluir tem que assistir os filmes de surfe, ver a base, os movimentos, fazer a leitura da onda, prever as manobras executadas, etc e tal. Além disso, fala sério, ver as melhores ondas do mundo, com soundtracks irados, não dá aquela instigada???


Segue então a lista dos meus preferidos ;)


Shelter 


Esse é um filme que me deixa muito inspirada. Adoro filmes "soul surf". Esse é um tipo de filme que há reflexões, ícones do surfe como Rob Machado, Joel Tudor, Nat Young , rotinas dos mesmos, etc.


by Joachim Cooder 
Lançamento: 2001
Áudio: Inglês
Duração: 42 min
Melhor música (na minha opinião): Nothing - Mason Jennings


Young Guns 2

Tem coisa melhor do que assistir os melhores surfistas da Quicksilver pegando as melhores ondas do mundo? Viajando naquela embarcação irada e fazendo a mala em Mentawai com takes de helicóptero e jetskis. Além disso, pra mim, é o filme com a trilha sonora mais irada, do começo ao fim. E claro, Kelly Slater comandando o show!!

Lançamento: 2006
Áudio: Inglês
Duração: 33 min
Música: The Use - Use it

Blue Horizon

O que eu mais me encantei nesse filme foi ver a diferença entre o lifestyle de um atleta (Andy Irons) e de um free surfer (Dave 'Rasta' Rastovich). São dois mundos diferentes e até a trilha sonora demonstra. Se de um lado tem Andy Irons na abertura com Foo Fighters em um clima mais tenso, do outro tem o "Rasta" fazendo a linha ao som de Rob Williams.

Lançamento: 2005
Áudio: Inglês
Duração: 94 min
Música: Rob Williams - My Culture


Castles in the sky

Esse também é um tipo mais "soul surf" de filme. Eu acho lindo a maneira como eles trataram não só um olhar sobre o surfe como também sobre a cultura de todos os povos pelas regiões que passaram. Ver até onde o surfista vai pra poder pegar uma onda perfeita. Vale muito a pena ir atrás pra poder assistir!

by Taylor Steele
Lançamento: 20
Áudio: Inglês
Duração: 45 min
Música: Years Around the Sun - Miles Away


Step into liquid


Esse é pra que gosta do mar. Desde o bodysurf até o tow-in, tem muita gente pegando onda. Uma parte que gosto bastante é quando falam sobre a evolução do surfe feminino. A trilha sonora é irada e o big surfe é de tirar o fôlego.


by Dana Brown
Lançamento: 2003
Áudio: Inglês
Duração: 87 min
Música: Slightly Stoopid - Mellow Mood


Quintal de Casa


Esse é um dos filmes brasileiros que mais gosto. Como o nome diz, ele mostra o quintal de casa dos melhores surfistas da Hang Loose. Cada um com sua rotina e com ondas não só no Brasil como no mundo, buscam para praticar. Secrets em São Paulo com ondas perfeitas!


Lançamento: 2006
Áudio: Português (Brasil)
Duração: 55 min
Música: Sonic Junior - Pulsar




Enfim, esses são os principais filmes que me inspiram e que assisto constantemente não só pra tentar melhor no surfe, mas porque são ótimos filmes, imagens com muita qualidade e surfistas de alto nível.


Bom fim de semana com aaaaaaaaaltas =D
Bjokasss

sábado, 26 de maio de 2012

Billabong Rio Pro 2012

Oiii galera tudo bem? 


Minha vida tá uma correria só, mas não esqueci do meu blog não e também é legal esperar pra juntar algumas histórias né?!


A bola da vez foi o Billabong Rio Pro 2012 - depois de uma semana do término do maior evento de surf mundial no Brasil, vou contar como foi presenciar tudo isso novamente.


Lembrando um pouco do Billabong Rio Pro 2011


3 meses antes da morte de Andy
Há exato 1 ano atrás, conheci uma grande amiga que me incentivou a vir assistir o retorno do WT ao RJ. Até então estava trabalhando e não estava muito empolgada, mas minha amiga botou pilha e acabei vindo. Isso mudou minha vida completamente!


Já tinha visto alguns dos Tops em SP, mas nunca imaginei que iria ficar tão perto da "rotina" deles. Ao chegar no RJ, minha amiga me levou pra surfar e, nossa, todos eles lá, juntos, surfando do meu lado. Acha q surfei? Até parece, me sentia a mais prego do mundo e resolvi ficar olhando de camarote =D


Era tudo muito surreal pra mim, pois saí de um bairro que é consideravelmente longe da praia, onde nunca na vida eu teria chance de vê-los por lá. 


Eu, Mari, Manu, Gabi e Badi 2011
Minha amiga Mari fez muito por mim. Me levou para as festas mais tops, juntamente com a Manu me fizeram entrar na área dos atletas, me apresentou pessoas super especiais e teve participação fundamental na mudança da minha vida. Sou eternamente grata à ela!


Creio que a coisa mais essencial que aconteceu não foi ter visto os tops e sim a forma como tudo aconteceu. Digo isso hoje, pois revivi tudo isso de uma forma totalmente diferente e senti muito a falta das pessoas que naquela época estiveram presentes (né Badi?!)


Foi nesse grande evento que conheci a Kat e o Mauro que me deram emprego e casa pra morar no Rio Surf N Stay.


Billabong Rio Pro 2012


A princípio não estava muito empolgada com o WT desse ano. Sei lá, acho que é porque saberia que seria tudo diferente. Mas uma coisa super legal aconteceu. A surfista Melanie Bartels foi convidada pela ASP pra substituir a top Sophia Mulanovich que está machucada. Melanie, que foi campeã do Billabong Pro Rio 2008 na época tinha se hospedado aqui no Rio Surf N Stay e, em sua volta em 2012 decidiu o mesmo.


Em 2008 ela teve suporte da Kat e do Mauro que estavam começando com o hostel, mas esse ano, os dois viajaram para Austrália e quem deu o suporte fui eu.


Melanie e eu indo treinar
A princípio ela ficou meio tímida, percebi que não gosta muito de tirar fotos e coisa e tal. Nos primeiros dias então levei ela pra treinar. Era engraçado porque ela nunca queria entrar sozinha na água, então lá estava eu surfando com ela, imagina, eu acompanhando uma top com meu surfe +/- kkkk. Bom, o importante era fazê-la se sentir bem e treinar.


E dessa vez tudo no WT realmente foi diferente. Eu consegui acompanhar o que um atleta sentia ao participar desse campeonato. Não foi fácil, o desempenho dela no WT não foi muito bom. Vi que sempre estava muito ansiosa, acho que estava se cobrando muito. Era um sensação diferente dessa vez, ver de perto todas as tops em seu momento de discontração, de concentração, ver a amizade, a rivalidade. Era diferente ver Carissa vindo falar com Melanie e as pessoas a perturbando para tirar fotos e dar autógrafos. Tão educada que recebia à todos com sorriso que diga-se de passagem, aqueles sorrisos amarelos - claro, ela queria conversar com a amiga, dá pra dar um tempo? 


Melanie ficou muito triste por ter perdido, mas sabe o que fizemos depois de sua última bateria?


Voltamos, fomos no Terreirão (centro comercial da comunidade) e levei ela para o cabeleireiro e ela fez unha, cabelo, sobrancelha e ficou com um sorrisão. É isso o que importa!!


Ela até comentou que era isso o que faltava para as amigas dela (por exemplo Paige e Bec) conhecer no Brasil, ver o cotidiano das pessoas, num lugar simples, cortando o cabelo, fazendo compras e sabe o que mais ela se encantou? É que as pessoas aqui, em sua maioria, sempre estão com um sorriso no rosto.


Luli, Manu, Mari, Sil, eu e David na festa da Billa 2012


Enfim, as festas também não foram as mesmas, mas ainda sim sempre bem acompanhada. Fomos na festa da Billa, mas me subiu um sentimento estranho de tipo - cadê aquela diversão que tivemos no ano passado? - as pessoas se socializando com aquele ar meio hipócrita (não generalizando, haviam alguns que se salvavam) - desculpa minha sinceridade. Na festa da Fluir nem fiz mesmo questão de ir. Ao contrário, fizemos um baita churrasco com, a galera aqui no Hostel muito legal, fomos na padoca da esquina depois cantar no Karaokê hahahaha.


Lycra das meninas
Em relação ao campeonato, não sou expert, mas tenho meus comentários. Poxa, acho ainda uma sacanagem darem apenas 5 dias de janela para as mulheres. Elas estão dando show na água, elas surfam muito, mas precisam de condições boas pra isso. Terem acabado a competição naquelas merrecas foi vergonhoso e frustrante. Um dos destaques foi Alessa Quizon. Quando fui treinar com a Melanie na Barra, nos encontramos com Alessa na água e eu ficava parada pra ver o show que ela dava no mar. 17 anos e tá destruindo! Passou até pela Stephanie.  



pra mim, o melhor dia de ondas - na foto Miguel Pupo
Acompanhei também o campeonato masculino. Foi irado, galera arrebentou no terceiro e quarto dia de bateria. Muitos tubos e aéreos, mas outra opinião minha é que poderiam ter segurado mais para poderem ter feito a final. Tinha uma boa ondulação a caminho e com certeza seria muito mais divulgação para os patrocinadores, manteriam os turistas na cidade como o governo gostaria, enfim, planejamento é essencial. Além disso, depois que todos os brasileiros perderam, a coisa ficou mais sem graça. Sim, sou patriota, e como amantes do Brasil, todos gostamos de ver um brasileiro ganhando. Torci pelo John  John, mas torci com muito mais vontade para o Mineiro e pro Alejo. Na real, o time inteiro do Brasil pra mim são ídolos, todos eles. Foi tão bom ver ano passado o Mineiro ganhar em casa, não seria legal de novo?!


Percepção


Foram 2 semanas agitadas. Com clientes chegando e saindo e eu acompanhando Melanie, mas sabe o que mais?


Foi irado ter assistido todo o campeonato, torcer, mas percebi que fora da campeonato, vendo toda aquela nata do surfe junto, todas aquelas festas descoladas, me senti total fora do ninho - quanto mais a minha vida é simples, mais fico feliz com isso!! Comer quentinha de R$ 7,00, atravessar a 8W cheio de lama descalça pra surfar, ir cantar no karaokê no buteco, pegar um fim de tarde com os amigos na praia - é, não tem preço!


Quem tiver afim de conferir as fotos que fiz no campeonato, segue o link: https://www.facebook.com/media/set/?set=a.326645220738580.68020.100001793134261&type=3

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Quem é o cantô??

Oii Gente,

Caraca tá só às moscas meu blog hahaha

Desculpem, ainda estou me recompondo da minha viagem de SP. 9 meses longe da família e 4 meses sem vê-los, tinha que ficar em êxtase. 

Bom, sem mais delongas, hoje vou deixar registrado algum dos vídeozinhos que fiz pra quem gostaria de saber a minha performance na voz/viola =D

Meu canal do Youtube também tá meio paradão, mas dei uns dois uploads antes de montar esse post aqui no blog. 

Primeiro post a gente nunca esquece...

Meu primeiro vídeo que dei upload no Youtube foi de uma música do The Beautiful Girls. Inglês tudo errado como sempre, sol na cara e óculos, porque tinha vergonha, enfim, mas até que teve alguns acessos hehehe.




Surf music in the head

Depois que passei a usar o face, o que nunca faltou foi conteúdo no meu perfil hehehe Sempre adorei compartilhar fotos e vídeos e, em janeiro deste ano, quando estava à toa, resolvi gravar um coverzinho do Sublime.



Essa é companheira

 Acho que falando de música lembro logo da minha amigona Cris. Engraçado, o destino nos colocou próximas afim de compartilharmos as mesmas paixões: surf e música.


Desde que a conheço, foram mil luais, mais trocentos mil vídeos gravados e um desejo: conseguir fazer o dueto do Rivers Of Babylon do Sublime. Finalmente eis aqui nossa realização!! =D A Cris canta muito, fla sério!! hehehe Amo-te amiga!!

É isso galera, ainda tenho bastantes posts a fazer e muita história pra contar, como minha vida mudou depois do Face, algumas indicações de música e filmes, enfim... =D E daqui 2 semana tem o World Tour Billabong Rio Pro 2012 \o/ Isso vai ser história!! ;)

Alohaaaaaaaaa

quinta-feira, 19 de abril de 2012

"'Cause I got music, and it makes me feel alright. Got this here music, and it helps me ease my mind up." (Music by The Beautiful Girls)

Caracaaa...2 dias sem postar...ufff...eaaaeee galera, blz??

Pois eh, qual será o post de hj?

Simm =D hoje eu vou falar sobre música \o/

Minha outra paixão, nem maior nem menor que o surfe...igual. Dizem que como surfista eu sou ótima musicista. Certo que foi muito mais fácil me desenvolver dentro da música do que no surfe, pq pra treinar não tinha muito o que depender das condições do mar.

Influências
Desde pequena eu sempre fui influenciada com rock. Minha irmã e minha mãe curtiam um pouco, via CDs do REM, U2, Creedance. Vivendo com 2 homens então, não tinha como. Meu pai ama os Beatles e meu irmão classic rock. 

Tive uma época meio obscura na minha vida quanto ao gosto musical, mas isso não vem ao caso...hahahahaha...tá bom, atire a primeira pedra quem nunca dançou um axézinho.

Aos 16 anos, era a época em que estava definindo meu gosto musical na escola. Andava com muitos meninos que curtiam rock. Rock de todos os tipos, nem que como só influência: classic rock, metal, punk, hardcore, ska...tudo.

Nostalgia

Me lembro até hoje de um sarau que fizemos no colégio. A professora tinha pedido pra fazer um trabalho que envolvesse a língua inglesa. Sem exitar, escolhemos falar sobre rock. Fizemos um videozinho. No nosso grupo dividimos em duplas e contamos um pouco sobre a história do rock e, sim, caracterizados. Falamos um pouco sobre o classic rock, o movimento hippie, os góticos e o movimento punk. Imagina, foi risada demais aquele bando de gente na minha casa fazendo um filminho bem esdrúxulo. kkkk

Galera do colégio que estudei
 Montamos também uma banda para apresentar uma música. Ensaiamos por 1 mês. Uma única música - Tears Of The Dragon do Bruce Dickinson. Adivinha quem era a cantora? hahaha. Suzan no vocal, Nelson na guitarra, Arlen no baixo e Deco na bateria. Woww, quando fomos passar a música antes de apresentar tava tão nervosa que dei 2 desafinadas. Aí eh que fiquei mais nervosa ainda. Mas tudo deu certo e nos apresentamos, mas sabe qual foi o maior show? Quando acabou o nosso e o Bruno (outro brother do colegio) começou a cantar Mantenha o Respeito do D2.

Dedicação

John Lennon, primeira inspiração
Depois dessa experiência decidi que queria aprender a cantar melhor e também a tocar violão. Sempre tínhamos um violão encostado em casa, então resolvi tentar aprender. Olhava em sites de cifra pra aprender a posicionar meus dedos e "tralaaaan", saía uma nota musical. Foi então que escolhi uma música, Stand By Me do Beatles. E todos os dias tentava posicionar os acordes e soltava uma nota até que, um dia consegui trocar a posição da nota mais rápido e "voilá", fui correndo tocar a música pro meu pai que adora John Lennon e ele ficou "maior" orgulhoso, hehehe.

Depois que engata a primeira...

Assim fui treinando todas as músicas, mas tinha mais uma coisa. Por causa da idade e dos hormônios, minha voz ainda tava meio estranha. Aprendi a tocar e cantar junto, foi fácil, o problema era cantar bem. Comecei a me inspirar em 2 bandas havaianas: Ka'au Crater Boys e Ekolu. São ótimos cantores com vozes suaves, do tipo que queria pra minha voz. Meu treino foi cantar junto, utilizando todos os tons e procurando fazer com que a minha voz sumisse e se tornasse só uma junto com a deles. Foi assim que comecei a cantar melhor.

O meu único problema até hoje foi cantar com músicas dedilhadas. Mas estou treinando ;)

Sem música eu me sinto vazia. Não gosto muito de ficar no silêncio. Escuto todos os tipos de músicas que considero boas. Minhas prediletas são as surf musics, mas não deixo de escutar reggae e classic rock. Gosto de dançar também, daí parto pro eletrônico, mas nunca lembro dessas hahaha.

Fazendo um som com os amigos em Boiçucanga
Meus melhores momentos foram luais com os amigos em Juquehy, Santiago, na casa da Cris, aqui no Hostel...sempre sempre acompanhada de muita gente boa e amigos que mandam muito na viola também. Tive outros momentos em que tive a oportunidade de tocar no barzinho da escola com uma galera que chegou curiosa pra ver e aplaudiu bastante. Imagina se não fiquei super contente.

Meu ápice foi poder tocar no Nas Ondas, diante de muita gente que acompanhava cantando a música que tinha escrito. Foi indescritível.
É isso, sempre que dá eu tento gravar um videozinho pra galera. Ultimamente está meio corrido, mas assim que der, estou louca pra gravar uma música que aprendi aqui.

O fds tá chegando e eu to partindo pra SP reencontrar minha família e amigos...graças a Deus.

Tenham um ótimo restinho de semana.

Alohaaaa

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Never miss opportunity

Alohaa galera. Como estão?

Ah, hoje eu vou falar sobre como é viver num hostel (como tinha prometido), pq muitos amigos e familiares me perguntam sobre a minha vida aqui e eu acabo contando por cima.

Have you ever stayed in a hostel before? (Já estiveram em um hostel antes?)

Yeah. Nunca tinha escutado sobre hostel antes. Na verdade meu irmão até comentou comigo uma vez sobre albergue, mas na minha ignorância, achei que fosse tpow aqueles albergues de mendigos e, muitos ainda não estão acostumados com esse termo, por isso até, um dos meus trabalhos aqui é divulgar o conceito de hostel para brasileiros.

Rio Surf N Stay Hostel
Um hostel é uma casa, com quartos para hospedagem, sendo que há duas opções: o quarto privado, normalmente suíte e o quarto compartilhado com beliches e toilettes compartilhados também. Além disso, cozinha, sala de estar, são ambientes em que as pessoas podem se interagir. Os preços sempre são mais acessíveis em comparação à pousadas e hotéis. Em sua maioria, são destinados à turistas (mochileiros) que fazem uma grande viagem, conhecendo os picos do continente e, por isso, querem economizar para poder visitar todos os países.

Upside down (de cabeça para baixo)

Upsidedown no Pepê
Em São Paulo, morava com papai e meu irmão. Era uma vida como de todas as famílias, tranquila, assitindo novelas no fim da noite, refeições com horário, sentados à mesa com a família.

Quando vim para o Rio Surf N Stay, tive que me adaptar à uma vida totalmente diferente. Ganhei um quartinho com banheiro, nada de luxo, mas virou meu cantinho, que transformei e tornei-o confortável (e pretendo melhorar, hehehe). Foi muito legal o que meus chefes fizeram por mim, além de me darem o emprego, a moradia também e estou fazendo por onde para retribuir.

No começo estranhei viver com um monte de gente por perto, mas como tinha meu cantinho, nem me importava muito. Mas engraçado, pq sei que quando sair daqui vou sentir uma falta imensa.

Pra surfar preciso apenas atravessar uma avenida. E o melhor de tudo, as ondas são boas para treinar. Se eu estiver cansada das mesmas, basta andar um poquinho e consigo pegar uma bancada diferente.

Tive a oportunidade também de aprender a instruir alunos daqui da Surf School. Foi uma experiência super bacana, ainda mais quando com crianças. É uma vibe muito legal e você acaba se lembrando de quando ficou em pé a primeira vez, sensação indescritível.

 Do you speak english? (Fala inglês?)

Indo para Ipanema com a galera no carnaval
Pois é. Um dos requisitos para trabalhar aqui é falar inglês, quero dizer, no mínimo, entender o inglês. 

Fiz curso de inglês aos 16 anos, mas o básico, nada demais. Mas sempre me interessei pela língua e quando aprendi a tocar violão, só tocava músicas em inglês. Sempre tentava entender as letras e pronunciá-las como na música.

Bom, quando cheguei no hostel, sabia que isso seria a melhor oportunidade da minha vida em relação ao inglês. Foi muito difícil no começo, muitos sotaques diferentes de inglês: americano, inglês, australiano, enfim, já nem falava direito porque travava achando que iam me zuar, ainda mais entender as pessoas falando super rápido com sotaques diferentes do que eu acostumava escutar (americano).

Kat, Mauro e eu indo surfar no quintal de casa
A Kat (minha chefe) foi quem me treinou pra isso. Nascida e criada na Nova Zelandia, ela me forçava a entendê-la e a falar com ela o inglês. Me corrigia em relação à pronunciação e também na composição da frase que fazia. Fez muita, mas muita diferença mesmo. Acho que meu nível de inglês está avançado, mas creio que não fluente ainda.

Lifestyle (Estilo de vida)

Pois é, minha vida é assim: trabalho de segunda a sábado, 7 horas por dia. Acordo às 7:50 para entrar às 8:00 no trabalho e saio às 15:30 por causa da meia hora de almoço. Eu atualizo as redes sociais e o website do hostel. Montei o material de divulgação, faço fotos e vídeos, procuro publicá-los e fazer artigos para sites, atualizo as informações de sites em que vendemos as hospedagens como: Hostel Bookers, Nomadsurfers, entre outros. Além disso, iniciei o trabalho financeiro. Faço as compras da casa e do café da manhã e procuro ajudar em tudo um pouco aqui. Normalmente às 16:00 eu vou surfar e só saio do mar quando anoitece. Outro dia anoiteceu, mas consegui ficar um tempo a mais por causa da lua. A noite fico no pc um pouco e conversando com amigos e a galera no hostel. A gente sempre procura fazer as refeições juntos. Agora a pouco comi um churrasco de costela, hummm, delícia, preparado por um cliente do Paraná. O Mauro (meu chefe) é gaúcho e, praticamente todo fim de semana tem churrasco aqui com direito à jam session feita por mim e quando tem algum cliente que também saiba tocar violão. A Kat tá viajando, mas era tão bom quando nosso horário do expediente dava e íamos surfar juntas, muita vibe.
Da esquerda pra direita: fotógrafo Sérgio Flores, David, eu, Angelo e Mauro numa session em Grumari
Normalmente aos sábados saímos para algum bar ou balada. Nunca fui fã na verdade, mas não importa onde esteja, se estou com os amigos a festa sempre rola. Odeio ficar com alguém na balada, acho meio superficial porque você não conhece direito a pessoa e já vai beijando-a. Claro que de vez em quando eu beijo, mas não sou fã disso. Gosto mesmo é de conhecer pessoas que sejam companheiras, ainda mais no surfe. Adoro ir surfar com meus amigos, mas também é bom surfar sozinha, consigo me concentrar de um jeito como se estivesse entrando em sintonia total com o mar. 

Indo surfar em Grumari
Aqui a vida é super tranquila, as pessoas do bairro são bem simpáticas, os locais eu já fiz amizade com a maioria, surfo de boa, feliz. Me sinto muito segura e à vontade também. Tem o terreirão que é como se fosse uma santo amaro só que menor, eu compro tudo lá e barato.

Não gosto de cozinhar, então sempre como comida de fora, principalmente almoço, que tem um tiozinho que vende quentinha à RS 7,00 uma bagatela e ainda tem opções. E quando eu quero comer uma comida bem saborosa vou ao restaurante Natural do Recreio que é uma comida mais light e gosta, por quilo.

Estou muito feliz, claro tenho meus dias de stress, dias que não sinto tanta vibe, mas mesmo assim agradeço à essa minha vida com pessoas ótimas ao meu lado onde compartilhos grandes experiências. Não tenho muitos planos futuros ainda, é claro que quero ter minha casa e tal, mas a principio, vou aproveitando ao máximo essa oportunidade que eu tive e sugando todo o conhecimento passado por todos pra mim. =D

Gradicida pela atenção e, se você se interessou no Hostel que trabalho, dá uma olhada no site www.riosurfnstay.com/pt


domingo, 15 de abril de 2012

"My love for surf is very strong, so the ocean is where i belong to go surf" (Surf by Ka'au Crater Bys)

Alohaaa

Ontem dei uma sumidinha, mas já to de volta =P

Okay, falei que o próximo post iria ser sobre a minha vida no hostel, mas queria falar primeiro do surfe =D claro! É porque hoje fiquei tão empolgada com a evolução de algumas manobras que fiz que preciso mesmo desabafar hehehe

Bom tem que começar do começo certo? (dãããã)

"Quem te ensinou a nadar, quem te ensinou a nadar...foi, foi marinheiro, foram os peixinhos do mar..."

Minha família (só o meu avô que não é esse o do macacão hehehe)
Minha família sempre foi adepta aos esportes.Há um tempo atrás, encontrei uma foto do meu ditian (avô em japonês) preto e branco, com aqueles macacões listrados muito engraçados na beira do rio Tietê. Desde então entendi que fazia parte da minha família gostar de água.

Meu pai sempre praticou muitos esportes também, todo parrudinho até hoje com 65 anos, foi o que o fez ser o homem que aguenta muitos trancos ainda. Dentre os esportes que sei que ele já praticou, futebol, judô, pesca e natação!! Ele sempre incentivou muito todos os filhos a praticar esporte. Minha irmã atravessou uma represa nadando com 7 anos e sempre participou de campeonatos quando mais nova. Meu irmão é todo waterman hahaha natação, surfe, canoa havaiana, mergulho. Já eu tentei de tudo um pouco hahaha, natação, ginástica olímpica, judô, kung fu, handebol, futebol e o principal né, surfe.

Quando eu tinha uns 10 anos, meu pai apareceu com um monte de bodyboard em casa, porque um dos clientes dele era fabricante de bb. Ele sempre levou-nos à praia e, quando ganhamos (eu e meus irmãos) o bb, começamos então a surfar. Sempre papai dizia, fica em pé na prancha, e eu tentava (conheço muitas pessoas com essa história hahaha). Aos 13 anos, meu pai deu para o meu irmão (15 anos) uma pranchinha e eu achei muito legal, mas tinha muito medo de surfar pq meu irmão sempre voltava machucado. Ah, minha irmã meio que já tava desencanada e não quis surfar hehehe. Voltando, então meu pai conseguiu uma pranchinha 6'0" só que "softboard" (mesmo material do bodyboard). Caraca aquela coisa não tinha estabilidade alguma, mas com muito esforço aprendi a ficar em pé. Papai também se empenhava e me empurrava nas ondas. Sempre íamos para Peruibe, Praia Grande e Juquehy, litoral de São Paulo. A galera achava engraçado que quando peguei gosto pelo esporte, sempre entrava sozinha no mar e ficava lá, muitas horas tentando, esquecendo até de comer.

Evoluindo aos poucos...

Aos 16 anos, eu já tinha perdido o medo de pranchas de fibra de vidro então pedi uma pro meu pai e ele me deu um "tocossauro". Caraca, fiquei felizona com aquela 6'0", porque como aprendi na softboard a ficar em pé, aquele toco era fácil. Então comecei a pegar os retosides da vida. 

2003 com Lalau, Marcinho e Limão - só pegava "retoside" com um "tocossauro"
Nessa época então, meu irmão fez amizades com os meninos do bairro e todos íamos para a praia juntos. E eu e meu irmão éramos (acho q somos ainda) meio loucos. Pegávamos Camburi com 1m, na doideira. Eu passava a "rebenta" mergulhando, pq não sabia dar joelhinho (golfinho, duckdiving, o que achar melhor).

Maria parafina

Pois é, sempre me atraiu os surfistas, não apenas por serem surfistas, mas praticamente 50% do papo que rola quando a gente tá juntos é claro que é sobre surfe. 

Minha Betha 6'0" swallow =D
Depois que comecei a namorar um surfista, muita coisa mudou em minha evolução. Ele me ensinou muita coisa, crescemos juntos como pessoa também, enfim. Ele é fissurado em surfe e tinha várias pranchas e era bem cuidadoso com elas, mesmo assim me emprestou uma. E lá fomos nós a surfar, no começo nem tinha john (roupa de borracha) e passava muito frio, mas tava lá dentro do mar. Com o tempo, ele foi me ensinando tudo, dos joelhinhos até o posicionamento certo de acelerar na onda. Íamos para picos inimagiáveis em Peruíbe onde quebram ondas clássicas. A maior parte da teoria sobre o surfe, também foi ele quem me ensinou. Muitas coisas chatas aconteceram com a gente, mas é passado e o que sinto é um grande carinho e sentimento de gratidão.

Um pouco depois, meu pai me deu uma prancha. A Betha (da minha ídala Bethany Hamilton). Muitos mares surfei com ela e muito evoluí também.

Trips

Víamos que toda a galera foi evoluindo junta e, cada vez mais, a gente conhecia mais pessoas pra fazer as trips. As frequências nas viagens foram aumentando e as praias surfadas também. De Guarujá até Maresias, passamos por todos os tipos de onda. O único problema é que sempre tive dificuldade de evoluir, porque nem sempre viajava e nem sempre tinha onda quando viajávamos.

Pra quem não sabe, eu morava na capital de São Paulo. Lá, eu tinha que descer a serra pra ir pra praia, dependendo da praia, cerca de 150 km. Além disso, tinha o dinheiro do combustível mais pedágio, que cá pra nós, hoje em dia está um absurdo de carro, mas pelo menos é mais seguro pra viajar.

Trip mais crowdeada que fui de amigos pra Prainha Branca - SP
Íamos numa barca mto grande surfar, às vezes em 3 carros lotados só de surfistas. O legal é que surfar com homem instiga, pq se o mar tava muito grande eles diziam: aí Su, vai pipocar? e eu respondia com medo: é claro que não...hahahha daí ferrava, pq aqueles que não queriam ia pensavam: f**, a Su vai, agora tenho que ir. Era muito engraçado.

Ondas como Brava de Boiçucanga e Maresias me fizeram perder um pouco de medo e aprender a dropar rápido. Grandes escolas. 

A vibe sempre foi indescritível com a galera mais pilhada do surfe. Acordar as 3 da matina pra pegar Marecas clássico, sair às 1 pra chegar em Juquehy passar o fim de semana, fazer altos luais ou mesmo rolês à noite com a galera. O surfe nos une de um jeito diferente. A galera querendo dormir cedo e acordar cedo pra pegar o melhor horário. Vida saudável.

Rio de Janeiro

Vim uma, duas e, na terceira vez decidi. Preciso morar aqui no RJ. Era o lifestyle mais desejado por mim e pelos meus amigos surfistas. Atravessar a rua descalço com a prancha no braço e cair no mar lisinho, ufff, sem palavras.

E aqui estou. Tentando dar ao máximo de mim pra evoluir ainda mais. O engraçado no surfe é que é uma coisa sem fim. Cada fase é uma fase e eu realmente não sei se existe a última fase. É só ver a evolução de Kelly Slater, o cara inova até hoje, inacreditável, é muita criatividade.

Assim que chegue aqui, estranhei um pouco as ondas. A bancada é bem diferente da bancada de SP em algumas praias. Ondas fortes na 8W, cavadas e rápidas da Reserva, Recreio e Grumari e pesadas da Prainha. 4 praias de ondas de diferentes tipos, sem contar as diferente bancadas. Na reserva vc pode escolher o fundo de areia ou de pedra. Na Macumba, uma onda gorda do Rico Point ou uma rápida do Secreto. Enfim, não tem como não evoluir. Mas ainda sim, eu sabia que algo estava faltando. Hoje, estou no meu ápice, feliz da vida por aprender a completar 1 batida e sabe porque? Meu surfe era viciado, eu pegava onda e pronto, não fazia mais nada, não sabia na real como fazer, não curtia ficar assistindo filme de surfe pra não ficar instigada e depois me frustrar com o mar. Hoje, tenho amigos que surfam muito, ex-profissionais, atletas que estão crescendo, instrutores e os apaixonados pelo free surf. Todos eles me dando toques que estão fazendo uma grande diferença.

Foto mais recente, em Grumari, por Sergio Flores
 No mundo você não cresce sozinho, senão não haveriam tantas pessoas nele. Nesse nosso mundo do surfe, a prática da solidariedade comanda e todo mundo se ajuda. Todo mundo se diverte junto, evolui junto e criam um mundo de respeito. Isso sim é o mundo do surfe.

Eu dou um passo de cada vez. Não me importo com os que acham que eu to aqui pagando de surfista ou coisa parecida. Cada manobra que consigo fazer é o meu dia mais feliz e eu nunca estive tão feliz na minha vida. Tem dias que surfo bem e tem dias que não, mas eu não ligo. Fico 3 horas no mar remando e interagindo com o lugar que considero meu templo. Entro em mares sozinha, que até são consideráveis grandes pro meu nível de surfe, mas respeito muito e quando sei que to no perrengue, saio. Me sinto à vontade dentro d'água, intimidade criada com a natação. Procuro não me apavorar quando tomo vaca, utilizo técnicas de respiração que aprendi no yoga e no pilates (o pouco que pratiquei). Sempre tento estar em paz comigo mesma, sou feliz com tudo o que tenho e procuro nunca reclamar, sempre agradecer.

Agradeço também pela sua atenção =D

Ótima semana e uma boa noite

Alohaaaa

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Itacaré pra sempre na memória...

Hoje estive com meu amigo Alejandro e ele me perguntou de Itacaré e eu pensei: caraca, quantas pessoas que quiseram saber por mim tudo o que aconteceu, mas acabei não contando. Acho que já tá mais que na hora! Finalmente vou conseguir publicar essa minha história hehehehe

Pra não ficam muito comprida e chata a história vou tentar resumir ao máximo!

A disputa pela vaga da trip dos sonhos

Tudo começou depois que vim morar no Rio de Janeiro. Já havia assistido as duas edições anteriores do programa Nas Ondas de Noronha da Rede Globo. Só que nessa última, nos surpreendemos pela oportunidade que abriram. Na última vez valorizaram o surfe feminino, convidando atletas para a viagem, mas dessa vez abriram muito mais as portas e cederam 2 vagas femininas para as internautas.

Assim que abriram a disputa para concorrer a vaga de internauta, minhas amigas me incentivaram a mandar um vídeo, porém, eu só tinha foto surfando, então no último dia de envio eu resolvi fazer uma montagem com essas fotos e mandei. Nem acreditei quando vi no site que o meu vídeo estava entre as 10 competidoras. Não deu outra, assim que vi, comecei a agitar todo mundo que conhecia pra poder votar e, com uma grande diferença, meus amigos "facebookers" fizeram com que eu conseguisse conquistar a tão sonhada vaga. Eu sabia que no mínimo eu deveria contar toda essa história depois!

Eu tinha na minha cabeça que eu tava lá não pelo surfe em si, pois as outras meninas arrebentavam.

Quando tudo começou a realmente acontecer e as câmeras começaram a aparecer, eu comecei a cair na real e vi que além do meu sonho de vir morar no RJ eu já tinha realizado, a conquista dessa viagem seria o ápice da minha felicidade! É tão bom ver que as coisas podem acontecer contigo.

A viagem

Espera do avião que não decolou, no aeroporto de Salvador
Nossa viagem partiu do Aeroporto do Galeão (RJ) em direção a Salvador, onde encontraríamos a outra parte da equipe pra seguir à Ilhéus. Logo de cara já me simpatizei demais com os outros dois ganhadores Fernanda Infanti e Pedro Menezes. O Cristóvão eu conheci por amigos em comum na época da votação. Todos nós lá, juntos, realizando uma viagem incrível com uma galera muito vibe, realmente foi sensacional. A galera tava quase toda em massa: equipe, produção, o Tripa, Grillo, Pedro Muller, Bruna, Marina e iríamos encotrar já na casa o Scooby e o Zulu.  E a Carol, ela foi demais do começo ao fim, nossa "mamãe" que cuidou direitinho para que ficassemos todos bem. Por um pequeno imprevisto, tivemos que fazer uma viagem de 7 horas até Itacaré dentro de um ônibus com um motorista que andava à 60 km/h (sinistro, não que eu queira que ele saia voando, mas também lerdar já é demais) . Não poderia ser de outro jeito, depois de algumas horas de viagem e a galera no fundão curtindo um som, cheguei do lado e pedi pra fazer um som também, lançando logo um Rappa. E de lá até o fim, foram em torno de 2 hrs tocando e eu pensando, caraca quando assisti Surf Adventures ficava brisando no Grillo tocando violão no barco e de repente estava lá cantarolando do lado dele.

Quando finalmente chegamos, tinha a certeza que estaríamos no paraíso. No dia seguinte o time tava todo completo, com a chegada do Diego Alemão e o Binho Nunes.

Café da manhã caprichadasso
Tomamos o café da manhã mais gostoso e caprichado que já tinha tomado. E não só o café da manhã, como todas as refeições eram de primeira qualidade.

Caraca, sem brincadeira, o mar tava mais que sinistro batendo 2,5 na série. A Prainha é uma praia pequenininha e as ondas batiam de lado a lado mexendo tudo. Quando eu estava no pé da areia, não conseguia enxergar o outside. E a galera não tava lá pra brincadeira, todo mundo caiu no mar e, eu como sempre tentei, mas a gente tem limites né. O jeito foi ver a galera dando show: Zulu, Scooby, Tripa, Cristóvão, Marina e Bruninha botando pra baixo em todas.

Depois dessa session, a competição começou a se armar e os times foram montados. Cacau composto por Pedro, eu, Bruna, Scooby e Zulu e Dendê por Marina, Fernanda, Tripa, Cristóvão e Alemão. Os juízes foram Grillo, Binho e Pedro Muller.

Equipe Cacau sempre unida

 As provas

Fizemos provas de todos os tipos: fute-tênis, produção de chocolate, SUP, trilha, arvorismo,  rafting, música e o principal né, o surfe.

Bicicletinha no fute-tênis
Fute-tênis: nessa me dei benzona kkk . Por uma cagada do destino consegui acertar uma bicicleta que nunca mais vou fazer na minha vida hahaha (foi até engraçado porque sem saber, um pouco antes da prova, eu e o Pedro ficamos brincando de jogar futebol e eu tava mto prega). Cada equipe teve que escolher um homem e uma mulher pra fazer a dupla que disputaria a competição e, como eu e o Pedro já estava introsado, jogamos contra Marina e Cristóvão - vitória do Cacau.


SUP: A prova do SUP foi realizada pela Bruninha e pelo Alemão, com vitória do Dendê. Cada time também escolhia um integrante, independente do sexo. Nosso time escolheu a Bruninha porque ela era levinha, mas esquecemos do detalhe: tinha que carregar o SUP até a água. Pro Alemão foi facinho, pegou com uma mão e saiu correndo e, foi essa a vantagem. A Bruninha conseguiu até chegar junto uma hora, mas na curva ela acabou caindo.


Trilha: Na trilha, quem comandou foi o Cristóvão que levou o Dendê a vitória. Essa parte da competição não dependia de velocidade e sim de exatidão. Teríamos que atravessar a trilha em 30min cravados. Nossa técnica foi sair contando, então 1 dia antes, Bruninha ficou treinando, porém, o outro time tinha o Cristóvão que já conhecia essa trilha e sabia exatamente o tempo que levava.

Rafting com salto livre
Rafting: O rafting foi uma das melhores provas, com trilha, 3 quedas, parada para salto livre da pedra conquistamos novamente a vitória, mas quem acabou contando mais história foi o Dendê que virou o bote 2 vezes para desespero de quem nunca tinha vivido essa experiência.

Chocolate: Quanto ao chocolate, foi considerado empate, mas na opinião do Cacau, houve um certo protecionismo. Os participantes dessa vez foram o Scooby e Zulu contra Fernanda e Tripa. Eles tinham que fazer todo o processo do chocolate, desde a colheita até o final. A regra era clara, não podia encostar a mão no momento em que deveriam usar os pés para amassar o fruto, porém no início da tarefa o time do Dendê encostou a mão, mas isso não foi considerado no julgamento. A gente tava lá brincando sim, mas o legal é que todos no time tentava dar o máximo pra poder ajudar o grupo a ganhar.

Maior tirolesa do nordeste
Arvorismo: Caraca, no arvorismo a gente realmente não contava com uma única coisa: a trilha pra cima de 600m até chegar ao arvorismo. Sorte a minha que estava com meu tênis que parece sapatilha, pois em algumas ocasiões, como estava tudo molhado por uma chuva, meu tênis escorregava. Ao final do arvorismo rolou uma tirolesa incrível que atravessava a praia de ponta a ponta. Sensacional.

Eu e Fe a caminho da competição
Surfe: No surfe, eu tinha certeza de que não iria bem pela insegurança que tinha, primeiro de saber que meu surfe não era tão evoluído, pelas condições do mar e por eu nunca ter competido no surfe ainda mais com toda a atenção voltada pra cima. Tentei mesmo dar o melhor de mim e agradeço muito a quem não me julgou pela minha performance e sim me incentivou e encorajou a ter realizado a prova. A Fê, que apesar de ter sido minha adversária, foi na real a pessoa mais parça que tive, agradeço muito a amizade dela lá. Além de tudo, ainda colocaram os dois locais Yage e Alandreson para ajudar a gente a chegar até outside, além dos toques pra remar nas melhores ondas. Tivemos 2 competições envolvendo o surfe: bateria homem x homem (na Prainha) e o Expression Session (em Tiririca). Deu empate para os times.

No palco da praia da Tiririca
Gravando a música com a banda do Altas Horas.
Música: Agora uma coisa que eu achei que ia passar batido, mas que me fez toda a diferença foi a música. Foi tudo muito intenso até que disseram que teríamos que fazer uma música para o programa como uma de nossas provas. Cantar em cima de um palco uma música escrita, composta e aprovada por muitos foi inacreditável. Era tão legal ver a cara de aprovação de Binho, Zulu e os diretores Oscar e Ricardinho quando escutaram pela primeira vez e me incentivaram até o fim. É tão bom ver que apesar de haver algumas coisas que não conseguimos realizar, pelo menos ainda sim conseguimos sentir que se orgulham de nós por muitas outras razões que são muito mais relevantes. E além desse presente de viver todo esse sonho, ainda rolou até um extra: a música vencedora seria a trilha sonora do programa e em uma viagem de 1 dia, fui ao estúdio do Altas Horas e gravei a música junto com a banda das mulheres mais sinistras (que mandam mto bem).


Equipe Cacau recebendo o prêmio.

Extras da viagem

O que poderia dizer?

Galera curtindo um filme na casa.

Eu fiquei imensamente feliz do quão as pessoas me ajudaram, da consideração que todos tiveram por mim. Foram dias de princesa, dormindo numa suíte linda, com refeições de engordar horrores de tão saborosas, muita alegria, atividades o tempo inteiro, slackline, futebol, violão, com visitinha de Diogo Nogueira, rolezinhos em picos irados, coquetel especial para a galera do programa, cartazes em todos os lugares que íamos onde as pessoas desejavam sorte, enfim, tudo perfeito.

A gente sabe que todo mundo tem um lado que se destaca e que somos bons em algumas coisas, mas apesar do nível de cada um  da vida diferete qe todos levamos, lá estávamos todos juntos, todos os 7 dias, como uma família, sem diferenças e por uma única razão e paixão: o surfe.

Pra muitos a história já passou, mas pra mim está eternizado!

Alohaaaaa

Próximo post...

Vou contar um pouquinho de como é viver, morar e trabalhar em um hostel ;)